Ler ou recitar
poesia, além de iniciar você no mundo fantástico da literatura, pode trazer
benefícios para sua saúde. O mundo
moderno nos obriga a correr contra o tempo, fazer todas as atividades diárias
mais rápidas, e às vezes, várias ao mesmo tempo. Responder e-mails, falar ao celular, levar o filho
para o colégio e, ao chegar à noite, a mente já dá o sinal de cansaço. Será que
ainda dá tempo de ler? Sim, para os aficionados em leitura é um momento de
tranquilidade e paz.
Ler um poema em
voz alta, aquele do seu autor preferido, que lembra uma pessoa querida ou que
te transporte a lugares distantes, ou aquela parte de um livro que marcou determinado
tempo de sua vida, tem como resultado
certo o relaxamento muscular e a queda de tensão que um dia cheio de trabalho
traz. Se você não tem inclinação para
oratória e recitações, ler em silêncio também é uma maneira de descanso.
Cuidar de seu
tempo livre é uma importante forma de prevenção, uma atitude simples e sem gastos. As pessoa tendem a achar que ter um bom plano de saúde é o suficiente. É
inegável que a escolha de um plano de saúde proporciona um certo conforto de ao menos você saber que terá um bom
atendimento caso precise. Mas a
prevenção também é a palavra chave de uma boa qualidade de vida.
Certamente você
já ouviu a frase “Quem canta os males espanta”, não é à toa que é repetida de
geração a geração. A arte de ler poesias e recitá-las também é uma arte
secular. Se você fala outras línguas como inglês, por exemplo, nada melhor do que ler Shakespeare em sua língua mãe, não
acha? A a literatura brasileira? É tão vasta que encontrar um autor de sua
preferencia não será difícil.
A cantoria de
viola, arte de improviso do nordeste brasileiro, é um ótimo exemplo de
literatura oral. Com suas raízes nos poetas medievais do velho mundo, chegou ao nordeste brasileiro através dos
portuguese e fincou raízes, é um exemplo clássico da poética da palavra, da recitação,
da oralidade. Com a viola em punho os repentistas soltam sua voz cheia de
inspiração, dando vida a cada palavra improvisada e cantada ao som do baião da
viola.
As chamada
cantorias de pé de parede, tradiconais encontros de cantadores, é local certo
para testemunhar essa arte que perdura firme diante de modismos. A mente do
cantador e o som da viola são os principais ingredientes da arte de fazer
repente. A inspiração, chamada por eles de musa, dá o tempero especial
em uma noite em que uma dupla se apresenta improvisando por horas. No nordeste
brasileiro se diz que uma noite de poesia serve para lavar a alma, mais uma vez
uma maneira de relaxar e dar à mente e ao corpo um descanso, tanto para o poeta
que improvisa quanto ao ouvinte.
O poeta cordelista há
muito tempo utiliza essa forma melodiosa de leitura. As praças públicas eram o palco desses
artistas no início de sua aparição no Brasil.
Carregando folhetos em mão, espécies de livretos com a poesia impressa, eles liam em voz alta e
interpretavam as histórias de herois, do cotidiano, de lutas para um público
ávido por diversão. Geralmente cercado por grupos de ouvintes que decoravam
também parte das história e passavam adiante.
A leitura da
poesia rimada, que segue regras de métrica e tem uma cadência nas frases, como
a literatura de cordel, por exemplo, estabelece uma sincronia entre os
batimentos cardíacos e a respiração. Ao ler uma poema em decassílado, por exemplo,
o texto exige de você uma entonação
especial, uma leitura interpretativa de cada sentença escrita. É uma via de
acesso a um conhecimento de si mesmo através da leitura, porque requer de você
uma dedicação àquele texto escolhido.
Não substime seu poder de conhecimento de si mesmo e de relaxamento, a
literatura pode ser uma ferramenta de apoio, de escape. Escolha um livro, um
texto, um poema e comece. Sinta-se à vontade. E talvez, até mesmo você, possa
começar a escrever seu poema, seu texto, aí quem sabe, você irá relaxar com outra arte também secular, a arte
de escrever.
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